O que é Comer intuitivo?

O termo intuição vem do latim intuitione, da união de “in” (em, dentro) e “tuere” (olhar para, guardar). Além disso, é também, provavelmente, uma inflexão do francês intuition: contemplação, conhecimento imediato, pressentimento que nos permite adivinhar o que é ou deve ser. Intuição é definida, portanto, como capacidade para entender, identificar ou pressupor coisas que não dependem de um conhecimento empírico, ou de conceitos racionais; sem uma avaliação mais específica e auxílio do raciocínio. No entanto, o que seria Comer Intuitivo?

Em suma, a premissa fundamental por trás da alimentação intuitiva, ou do Comer Intuitivo, é que, se ouvido, o corpo “conhece” intrinsecamente a quantidade e o tipo de alimento necessário para manter a saúde e o peso corporal. Ou seja, seu corpo sabe o que você deve comer, bem como conhece a quantidade que ele necessita.

Comer Intuitivo

Dessa forma, o Comer intuitivo, ou intuitive eating, é um conceito criado por duas nutricionistas americanas Evelyn Tribole e Elyse Resch. É uma abordagem baseada em evidências – mais de 35 trabalhos científicos publicados – que ensinam as pessoas a terem uma relação saudável com a comida e se tornarem experts dos seus próprios corpos. Ou seja, a proposta é que as pessoas aprendam a confiar na sua habilidade de distinguir suas sensações físicas e emocionais e desenvolvam uma “sabedoria corporal” para atender suas várias necessidades. Inclusive, a necessidade de se alimentar.

Comer Intuitivo: uma Sintonia com a Comida, a Mente e o Corpo.

O Comer Intuitivo propõe que o indivíduo mantenha uma sintonia com a comida, a mente e o corpo. Para tanto, baseia-se em três pilares:

– Permissão incondicional para comer;

– Comer para atender as necessidades fisiológicas e não emocionais;

– Apoiar-se nos sinais internos de fome e saciedade para determinar o que, quanto e quando comer.

O desafio do Comer Intuitivo é atingir uma sintonia entre os sistemas internos e externos. Portanto, esse modelo proposto conceitua a integração dos sistemas citado acima de um indivíduo, representando seu autêntico “eu”: visto como a integração do sistema interno – pensamentos, emoções e necessidades fisiológicas– família, comunidade e cultura. Ou seja,, o equilíbrio e a saúde se desenvolvem quando o indivíduo incorpora práticas que promovem crescimento e saúde, que ocorrem em sintonia com fatores externos (ecologia).

Portanto, a conexão com o sistema interno envolve: os pensamentos (rejeitar a mentalidade de dieta, fazer as pazes com a comida, desafiar o policial alimentar e respeitar o corpo); os sentimentos (honrar as emoções sem usar a comida); e o fisiológico (honrar a fome, respeitar a saciedade, descobrir a satisfação, exercitar-se, honrar a saúde por meio de uma nutrição gentil).

Ademais, os modelos atuais de beleza, as tradições e crenças alimentares, as recomendações nutricionais e de saúde, os modismos alimentares, entre outros, influenciam o sistema externo. Os dois últimos princípios do comer intuitivo – exercitar-se e praticar uma nutrição gentil – são componentes dos sistemas interno e externo e também exemplos da integração dinâmica entre os dois sistemas, necessária para se obter um bom estado de saúde.

Mariane Meurer

NUTRICIONISTA

CRN 10.5317

Gabriela Dors Wilke Rocha

NUTRICIONISTA

CRN 10.4719

Comer Intuitivo

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