Nefrolitíase Renal e Nutrição

A Nefrolitíase Renal, conhecida como pedra nos rins, afeta em maior proporção homens jovens, entre 20 e 40 anos. De 25 a 55% dessas pessoas, possuem pais com a mesma patologia. Além disso, a obesidade também aumenta as chances de produção de cálculos de ácido úrico.

Apesar da Nefrolitíase Renal ser influenciada por outros fatores, a composição da urina é grandemente determinada pela composição da dieta. Dietas ricas em sódio, em proteínas de origem animal e bebidas adoçadas com açúcar e frutose industrial, tem como consequência uma elevada excreção de cálcio, ácido úrico, oxalato e fósforo e uma diminuição do citrato e pH urinários, favorecendo, assim, a formação dos cálculos.

Nefrolitíase Renal

Os cálculos de ácido úrico podem ocorrer por hiperuricemia e hiperuricosúria (ácido úrico >700mg/dia), sendo esse o mecanismo mais comum. Entretanto, metade deles é idiopático e decorrente da acidez urinária ou de defeito renal na reabsorção tubular de ácido úrico.

Tendo em vista que as condições predisponentes mais importantes constituem fatores ambientais ou comportamentais, ou seja, passíveis de intervenção, o controle na ocorrência desta entidade se faz possível. Portanto, a profilaxia de litíase urinária é fundamental para o controle dos indivíduos predispostos bem como para a redução do índice de recidivas. Em suma, o âmbito populacional, visando à prevenção deste problema, o incentivo à alimentação equilibrada parece ser a estratégia mais adequada.

Hábito Alimentar e o Risco de Nefrolitíase Renal

Um estudo que avaliou a associação entre hábito alimentar e o risco de Nefrolitíase Renal concluiu que os principais fatores protetores foram o alto consumo de magnésio, de frutas frescas, legumes verduras e de fibras provenientes dos cereais integrais. Além disso, o consumo moderado ou baixo de carne diminuiu a chance da ocorrência.

Por outro lado, no âmbito da genética há investigações sobre o gene do Receptor de Vitamina D (VDR) e sua associação com a formação de cálculos urinários em algumas populações. Um estudo publicado em 2016 no Urology Journal mostrou que o alelo “B” do polimorfismo Bsml (rs1544410) do gene VDR pode aumentar o risco de desenvolvimento de pedra.

Compreender a tendência genética para o desenvolvimento de litíase renal e sua recorrência, pode proporcionar uma oportunidade para o diagnóstico precoce e também pode ser útil para o acompanhamento clínico dos pacientes que possuem litíase renal.

Estes achados reforçam a importância do aconselhamento e acompanhamento nutricionais dos indivíduos acometidos por este problema que, além de poder comprometer a qualidade de vida, pode ter como consequência a perda irreversível da função renal.

Mariane Meurer

NUTRICIONISTA

CRN 10.5317

Gabriela Dors Wilke Rocha

NUTRICIONISTA

CRN 10.4719

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