Síndrome Metabólica

A obesidade é uma doença multifatorial resultante do acúmulo de tecido adiposo que afeta praticamente todas as idades e grupos socioeconômicos. É definida como doença crônica e progressiva por causa das numerosas comorbidades associadas. Dentre essas, destaca-se a síndrome metabólica (SM), um complexo distúrbio decorrente da perda da homeostase corporal, que envolve o metabolismo dos glicídios, lipídeos e proteínas, assim como a programação e a predisposição genética.

Diversos estudos nas últimas décadas têm sugerido que exposições nutricionais, ambientais e padrões de crescimento durante a vida intrauterina e nos primeiros anos de vida podem ter efeitos importantes sobre as condições de saúde do adulto.

Síndrome Metabólica

Ou seja, o retardo do crescimento intrauterino e o ganho de peso excessivo nos primeiros anos de vida têm sido associados com o aumento do risco para obesidade. Além disso, associá-se também a hipertensão, síndrome metabólica, resistência insulínica e doenças cardiovasculares na vida adulta.

Prevalência Estimada da Síndrome Metabólica

A Síndrome Metabólica tem prevalência estimada entre 20-25% na população geral, com comportamento crescente nas últimas décadas. Essa prevalência é ainda maior em homens e mulheres mais velhos, chegando a 42% em indivíduos >60 anos. Além disso, indivíduos com Síndrome Metabólica apresentam risco duas a três vezes maiores de doenças cardiovasculares.

Segundo o National Cholesterol Education Program’s Adult Treatment Panel III (NCEP-ATP III), para diagnosticar a Síndrome Metabólica é necessário o indivíduo apresentar pelo menos três dos seguintes fatores: obesidade central por meio da circunferência da cintura (CC) (homens >102 cm e mulheres >88 cm); dislipidemia (DSL) (triglicerídeos (TG) ≥150 mg/dL ou HDL <40 mg/dL para homens e <50 mg/dL para mulheres); pressão arterial (PA) sistólica ≥130 mmHg ou PA diastólica ≥85 mmHg; e hiperglicemia de jejum (glicemia de jejum (GJ) ≥110 mg/dL).

Sabe-se que no tratamento de indivíduos obesos com ou sem Síndrome Metabólica, a perda ponderal é bastante relevante. Com isso, a adesão a tratamento dietoterápico e à prática de exercícios físicos é fundamental no tratamento da SM, bem como da obesidade.

Além disso, dados crescentes mostram a associação da Síndrome Metabólica ou seus componentes com o desenvolvimento de câncer de colo-retal, de mama, de endométrio, de pâncreas, de fígado primário e, apesar de controvérsias, câncer de próstata. Portanto, a abordagem primária em relação SM e o câncer é evitar os fatores de risco.

Mudanças no estilo de vida, incluindo a perda de peso e uma dieta saudável é fundamental para diminuir o risco de câncer na população normal. Dessa forma, o plano alimentar proposto deve ser individualizado, no qual inicialmente se devem estabelecer as necessidades do indivíduo a partir da avaliação nutricional. Assim, irá incluir a determinação do índice de massa corporal, circunferência do abdômen e, quando possível, a composição corpórea. Dessa forma, permitirá uma adequada conduta nutricional.

Mariane Meurer

NUTRICIONISTA – CRN 10.5317

Gabriela Dors Wilke Rocha

NUTRICIONISTA – CRN 10.4719

 

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