Sustentabilidade e Nutrição

A sustentabilidade tem como objetivo manter a diversidade biológica de uma população possibilitando sua sobrevivência ao longo dos anos e baseia-se em disponibilizar recursos naturais para os descendentes de maneira socialmente equilibrada ao desenvolvimento econômico da sociedade. Dessa forma, precisamos pensar na Sustentabilidade, até quando falamos de Nutrição.

Sustentabilidade e Nutrição

A Sustentabilidade Comporta Sete aspectos Principais:

  1. Sustentabilidade social: há melhoria na qualidade de vida da população, equidade na distribuição de renda;
  2. Econômica: o poder público e privado regulariza o fluxo de investimentos, equilíbrio de balanço de pagamento;
  3. Sustentabilidade ecológica: o uso de recursos naturais deve minimizar danos aos sistemas de sustentação da vida;
  4. Sustentabilidade cultural: gerando respeito aos diferentes valores entre os povos;
  5. Espacial: levando ao equilíbrio entre rural e urbano;
  6. Sustentabilidade política: construção de espaços públicos comunitários, descentralização da gestão de recursos;
  7. Sustentabilidade ambiental: promovendo equilíbrio de ecossistemas e conservação geográfica.

 Produção de Alimentos e Sustentabilidade

Nesse contexto, na produção de alimentos devemos considerar não apenas a produção qualitativa e quantitativamente adequada. Nem tampouco somente o desenvolvimento econômico e material, mas também o sistema de produção que seja viável para o meio ambiente, de forma a assegurar e sustentar a qualidade de vida humana. Ou seja, precisamos avaliar a Sustentabilidade da produção de alimentos.

O padrão de dieta ocidental é preocupantemente insustentável decorrente do sistema alimentar atual marcado pela desenfreada utilização de combustíveis fósseis, energia e recursos hídricos em todas suas etapas. Além disso, a produção agrícola é responsável por 10 a 12% do total de emissões de gases estufa mundial, enquanto a pecuária contribui com 80% das emissões.

Sustentabilidade e Nutrição

O desenvolvimento tecnológico influencia na produção agrícola, em busca de aumentar a produção para atender consumos exacerbados, utilizando pesticidas, fertilizantes sintéticos entre outros que contaminam o alimento. Apresentando consequências negativas sociais, econômicas e ambientais.

Desmatamento e Consumo de Proteína Animal

Segundo o Instituto de Pesquisas Espaciais do governo brasileiro, houve um aumento de 40% no desflorestamento entre 2002 e 2003. Sendo que 88% da terra desmatada da Floresta Amazônica têm sido usadas para pastagem para gado. Desta forma, o aumento do consumo de proteína animal em várias partes do mundo tem se constituído em uma mola propulsora para o aumento da ocorrência destes impactos ambientais.

Outra questão é a disponibilidade de alimentos fora de sua sazonalidade, aumentando a necessidade de energia, especialmente para o transporte dos alimentos. Desta forma, os combustíveis fósseis se tornam uma das principais fontes de energia da agropecuária industrial, sendo que a produção de carne é o setor que mais demanda energia, cerca de 2,5 a 5,0 vezes mais que as plantações.

Ou seja, todos esses fatores tratam-se de um grande e insustentável sistema global que traz danos não só ao meio ambiente, mas à sociedade e à saúde.

O aumento no consumo de frituras é uma preocupação constante, não somente pelos problemas de saúde gerados. A geração de resíduo de óleo utilizado que é descartado em locais inadequados que podem provocar contaminação do lençol freático por meio da infiltração do chorume e/ou representar um grande prejuízo financeiro, pois poderia ser convertido em biogás ou adubação orgânica. Dessa forma, é uma preocupação também dos problemas realcionados a Sustentabilidade.

Geradores de Resíduos

Além disso, as embalagens utilizadas para transporte e armazenamento dos produtos antes do consumo podem também gerar problemas ambientais se não encaminhadas ao destino apropriado.

Desse modo, torna-se de suma importância identificar os pontos geradores de resíduos. Dessa forma, uma futura tomada de decisão e implantação de métodos para seu controle e redução podem ser tomadas. Portanto, grande relevância deve ser dada à definição de estratégias que visem sua minimização. Assim como também o uso consciente de energia e água, bem como educação e monitoramento dos envolvidos no processo. Tudo tendo como objetivo, enfrentar a problemática, tornar realidade a política ambiental e garantir o aspecto de qualidade higiênico-sanitária das refeições.

O ato de comer é permeado por cultura, nele há uma trama complexa não composta apenas por fatores nutricionais, mas também por aspectos sociais. Bem como, históricos, econômicos, políticos, geográficos, psicológicos, etc. Portanto, desvinculá-los reduz a profundidade do debate da questão alimentar atual. Além disso, limita qualquer tentativa de pensar políticas públicas que tenham como objetivo a promoção da Saúde Coletiva e Ambiental.

Entretanto, para que tal transição venha à tona, são necessárias proposições de mudanças rumo a padrões dietéticos mais adequados ao ambiente. Como, por exemplo, a diminuição do consumo de produtos de origem animal, especialmente da carne bovina. Além disso, é imprescindível o apoio à pesquisa para que métodos sustentáveis de produção de alimentos sejam desenvolvidos. Além de resgatados e valorizados, em especial as experiências agroecológicas e práticas de agricultura urbana e periurbana. 

Mariane Meurer

NUTRICIONISTA – CRN 10.5317

Gabriela Dors Wilke Rocha

NUTRICIONISTA – CRN 10.4719

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