Nutricionistas estão sofrendo com Excesso de Informação e não sabem!

Primeiramente, me chamo Ana Paula Pujol e sou nutricionista a mais de 20 anos. Quero compartilhar com você um relato pessoal que mudou a minha vida. Gostaria de falar um pouco a respeito do Excesso de Informação e o que isso causa na vida, principalmente, dos Nutricionistas.


Eu vinha encontrando dificuldades para me concentrar. Andava apresentando problemas para dormir e um quadro de irritabilidade, dores musculares e perdas de memória constantes.
Andava cansada. E comecei a pensar em desistir de tudo.
Imediatamente, pensei comigo: seriam esses sinais de depressão?

Contudo, após refletir por alguns dias e analisar os relatos de vários colegas da profissão, consegui identificar um quadro de ansiedade. Mas não era uma simples ansiedade ou stress.
Foi então que eu comecei a perceber alguns detalhes do que estava acontecendo em minha vida. Dessa forma, eu percebi que, assim como eu, várias pessoas sofrem destes sintomas.
Portanto, comecei a perceber que muitos nutricionistas poderiam estar sofrendo desta ‘doença’: o Excesso de Informação .

Assim sendo, percebi primeiro, devido aos sintomas que apresentam.
Segundo, pelas características do ambiente em que estão inseridos.

Do mesmo modo, percebi que alguns colegas, nutricionistas, além da ansiedade e do stress, estavam angustiados e com medo. Medo de não serem bons o bastante, de ficar para trás, de faltar informação e conhecimento.
Dessa forma, diante dessas observações, te convido a ler e refletir sobre tudo que meu marido e coach, Djoni Carvalho, escreveu neste post. E se você anda sentindo alguns desses sintomas, talvez seja o caso de pensar duas vezes antes de fazer mais um curso ou assistir a mais uma live.

Ana Paula Pujol

Primeiro, os sintomas da doença causada pelo Excesso de Informação.

Por se caracterizar como uma doença psíquica influenciada pelo ambiente, ela pode ser facilmente confundida com depressão, stress ou uma simples ansiedade momentânea.

O Nutricionista e o Excesso de Informação.

Veja se você possui alguns desses sintomas:

  • Irritabilidade constante: anda explodindo ou próximo disso, por coisas pequenas.
  • Dificuldade para dormir ou se percebe que seu sono não é suficiente e reparador.
  • Dores musculares mesmo em situações que não exigiram esforços físicos.
  • Perdas de memórias frequentes.
  • Cansaço sem causa aparente.
  • Confusão sobre o que precisa ser feito no seu trabalho, em casa ou nas suas atividades paralelas.
  • Vontade de abandonar tudo ou simplesmente desistir.

Agora, a Doença causada pelo Excesso de Informação

Tudo começa com informação, ou melhor, com o EXCESSO dela.

Information Overload é um conceito utilizado para definir um estado de sobrecarga de informação em um sistema. Ou seja, quanto mais informação esse sistema recebe, menos ele é capaz de processar e tomar decisões. Dessa forma, os resultados passam a ser insatisfatórios. Nesse sentido, quando aplicamos esse conceito de Information Overload a nós, como profissionais, entendemos que esse sistema é a nossa mente. Além disso, percebemos que os resultados que esperamos são as metas e objetivos que traçamos. Bem como que, quando nós, seres humanos, somos afetados pelo Information overload, corremos o risco de desenvolvermos a Síndrome da Fadiga por Informação (IFS).

Síndrome da Fadiga por Informação (IFS), você já ouviu falar?

Essa Síndrome aparece, basicamente quando um indivíduo é exposto a uma quantidade gigantesca de informações. Quantidade essa que o indivíduo não consegue assimilar nem processar. Dessa forma, eu te pergunto: você já reparou na quantidade de informação que as pessoas produzem todos os dias no seu FEED? Ou no seu e-mail? Será mesmo que você precisa receber tantos e-mails ou ler centenas de atualizações do seu FEED todos os dias? Será que você precisa mesmo participar de vários cursos online, treinamentos, palestras, workshops e lives?

Em suma, o excesso de informação que recebemos cria a falsa sensação de completude. Em outras palavras, nos sentimos completos porque acreditamos que toda informação que precisamos está ao nosso alcance e que, com isso, teremos sucesso. Porém, essa não é a verdade.

Quanto mais informação, melhor?

Porque conhecimento PODE SER DEMAIS!

Quando temos acesso a muita informação temos essa sensação de que estamos evoluindo, aprendendo e que estamos avançando e não ficando para trás na profissão e na vida. Mas apesar disso, quando não encontramos aplicabilidade para essas informações, parece que algo está errado. Dessa forma, temos uma tendência a nos sentirmos inadequado. Do mesmo modo, esse sentimento confronta a falsa sensação de que estamos evoluindo e avançando na vida. Em alguns casos, as pessoas podem até se sentirem menos inteligente. Contudo, em outros, elas podem se sentir perdidas e confusas. Todavia, em ambos os casos começam a aparecer aqueles sintomas que identificamos lá no começo deste texto.

O Nutricionista e o Excesso de Informação.

Os problemas causados ao Nutricionista pelo Excesso de Informação

Vivemos a pandemia da inadequação devido ao Information Overload! Problemas como divórcios, ansiedade, depressão, estresse, suicídios, entre outros, podem estar diretamente ligadas ao excesso de informação. São muitos os males que o excesso de informação acarreta na vida de uma pessoa. A ansiedade, por Exemplo, é a principal patologia, provocando sintomas como: taquicardia, sudorese, insônia, fadiga, dificuldade de relaxar e dores musculares. Sim, ansiedade é uma característica natural do nosso organismo, contudo, somente quando ela não é frequente.

Quando a ansiedade é crônica, acaba originando novos problemas como fobia social, fobias específicas, pânico e até mesmo depressão. Os transtornos de ansiedade, como vimos na Síndrome da Fadiga por Informação, é uma dessas doenças que também aparecem. A pessoa que sofre com a Síndrome da Fadiga por Informação pode apresentar muita dificuldade em realizar atividades comuns do dia a dia, pois sua autoestima decai, afetando a percepção sobre si e sobre os fatos, gerando culpa e medo, sentindo-se incapaz de realizar suas tarefas.

É tanta informação, muitas vezes fora de contexto, que acarreta em vínculos frágeis. E todo vínculo frágil pode ser facilmente quebrado com outros argumentos e informações novas. Assim, você vive construindo e quebrando conexões com a informação, pensando que está estudando, aprendendo, evoluindo. O que não é necessariamente verdade.

A Informação precisa de tempo para ser processada.

Quando uma informação entra na sua cabeça ela precisa de tempo para ser processada, interpretada e inserida em uma base de dados mental para ser usada quando necessário. Todas as coisas das quais você entra em contato, alimentam essa base de dados. E essa base de dados será usada, quase que de forma inconsciente, quando você precisar. Em contrapartida, se a sua base de dados é composta de informação rasa, fica muito mais difícil tomar decisões saudáveis para si.

Nosso cérebro atua, em sua maioria, de forma inconsciente. Quando ele acessa uma informação rasa, é como se faltasse algo. É como se faltassem instruções sobre aquela informação, seja para dominar uma situação, tomar uma decisão ou realizar uma determinada tarefa. Não importa. Se falta instrução, a energia que você vai gastar para avaliar será muito maior. Seu cérebro irá acionar seu modo consciente. E com isso, irá surgir aquela sensação que nós já conhecemos: inadequação.

O Nutricionista e o Excesso de Informação.

E quando você se sente inadequado, o que faz?

Alguns correm para ocupar a mente com outra coisa, como por exemplo, subir timelines do Instagram. Outros, porém, correm para fazer compras e acabam comprando o que não precisavam. Quando esta situação de vulnerabilidade ocorre, por conta da inadequação, você está muito mais suscetível a fazer coisas que não gosta ou não precisa, bem como, coisas que não teria o menor interesse. Ou nunca aconteceu com você: no meio de uma atividade você se depara com um pequeno desafio que terá de pensar um pouco mais para resolver. E do nada, você pega o celular e se vê rolando o feed do Instagram de pessoas que talvez você nunca tenha visto pessoalmente, vendo fotos de corpos sarados, lendo frases motivacionais, assistindo vídeos empolgantes de conteúdos e mais conteúdos? Quem nunca passou por isso nessa era de redes sociais?

Como você pode reduzir e eliminar o excesso de informação da sua vida?

Em síntese, eu trago aqui algumas dicas simples e poderosas que você pode seguir para alcançar Alta Performance na sua profissão e na sua vida e ainda eliminar o excesso de informação:

  • Seja seletivo com a informação que você absorve. Como você viu, deixe de navegar em águas rasas. Defina um portal, uma plataforma ou uma instituição e invista em informações que possuam profundidade. Ou seja, deixe de só se “molhar” e decida por tomar um banho de informação prática e conhecimento no momento certo.

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Nutricionista Ana Paula Pujol
  • Escolha poucos profissionais para seguir. Escolha profissionais que realmente agreguem valor e conhecimento a sua profissão. Deixe de seguir aquelas pessoas que de uma forma ou de outra estão sempre querendo vender algo para você. Lembre-se que a manipulação existe. Se você está o tempo todo sendo manipulado(a), as chances de você obter sucesso no que você quer, diminuem consideravelmente. Primeiro, porque você estará sempre fazendo o que os outros querem que você faça, isso é o resultado da manipulação. Segundo, porque o tempo disponível para seus projetos será consumido pelos anúncios, produtos e serviços que pretendem te “fisgar”. Quando você é bombardeado por anúncios, a tendência é que você desfoque e se perca dos seus objetivos.
  • Desative os anúncios dos seus equipamentos de trabalho
  • Não deixe lixo entrar! Escolha as notícias que você quer realmente ler. Use o Google para procurar um tema quando você estiver estudando esse tema. Não deixe o Google, nem o Instagram aproveitarem-se de você. Quando você escolhe usar as ferramentas online, você passa a ter o controle sobre elas. Quando você se deixa levar, como por exemplo, ficar subindo timelines no Instagram sem objetivo ou navegando sem destino, essas ferramentas passam a dominar você.
  • Não se compare. Seja diferente e único(a). Não queira ser o(a) melhor, e sim ser diferente. Afinal, para ser o(a) melhor, você precisará de muita energia, investimento e tempo. Portanto, para ser diferente, você pode começar agora!

Gerencie as suas expectativas.

  • Expectativas altas, assim como regras muito duras consigo mesmo e com os outros, só trazem dor, ansiedade e frustração. Tudo que você for dar início, assuma uma expectativa factível e simples. Experimente atender um paciente sem construir grandes expectativas nos resultados. Trabalhe para entregar o melhor não para você, mas para o seu paciente. Entenda, analise se é o momento certo para que o paciente deixe de consumir um determinado alimento, por exemplo. Ou se é o momento de pesar todos os alimentos, todos os dias. Verifique se isso não será mais um empecilho aos resultados que ele espera. Quando você está alinhado(a) com as expectativas do seu paciente e não com as suas, todas as ações e entregas que você fizer irão fluir e, os resultados tendem a ser muito melhores.

Seu trabalho como Nutricionista é Incrível.

Enfim, seu trabalho como nutricionista já é incrível! Você não precisa mascarar nada, nem seguir modismos para manipular as pessoas com mensagens como: seja magra para sempre! Isso não existe e você sabe disso. Você sabe que composição corporal não depende só da dieta que você vai entregar. Seja uma influência positiva na vida das pessoas!

Dessa forma, lembre-se sempre da equanimidade, da conduta e da individualidade de cada pessoa que entregar a você a responsabilidade pelos cuidados com a saúde.

Um grande e fraternal abraço,
Ana Paula Pujol & Djoni Carvalho

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